Mas que primavera ajeitada, passarada gorjeando céu a fora, até sábia se enxerga por estas bandas. Mas sinto uma falta do alarde dos quero-queros e do canto do bem-te-vi. Aaah, e não esqueço do João Barreiro, que com esse barral estaria em festa com sua companheira erguendo nova morada pra descascar uns barreirinhos.
Engarupada nos arames da cerca, desabrocha uma rosa, cor de carmim. Noutro canto pra faceirice do beija-flor a brancura dos jasmins inundando de perfume o pensamento, que a favor do vento se aprochega, enchendo o peito de saudades de uma primavera surreal, pois não há nada mais triste que primaverar longe do meu torrão natal.